SCP
 8.12.2006

E que viva Francisco!

Por vezes, temos uma sorte danada: misturado com milhares e milhares de emigrantes vinha o Francis.
Temos uma sorte do camandro: depois de ter chegado, o Obikwelu foi trabalhar para as obras e não caiu de um andaime.
De vez em quando, temos mesmo muita sorte: entre tantos portugueses que não valem um caroço, o Francis encontrou uma família de portugueses fantásticos que o chamaram seu e que depois o partilharam connosco.
De vez em quando, Portugal tem uma sorte que não merece. Aproveitemos.
Francis não é apenas o mais extraordinário atleta que alguma vez já passeou uma bandeira nacional pelos estádios que o viram correr, é mais do que isso, é um bálsamo.
Num país em que um qualquer tipo com jeitinho para dar uns chutos numa bola ganha o estatuto de vedeta até ao vómito, o Francis tornou-se a nossa consolação.
Depois da vitória disse: "Não, em Munique foi ele (Chambers, que depois viria a ser desqualificado por doping) o campeão. Agora é que sou mesmo campeão da Europa".
Repare-se bem, para Francis, a desgraça ou os erros de outro homem não arrastam a perda do estatuto de campeão. Assim fala uma campeão sem batota.
Perante isto, como é que pode ainda interessar a alguém se o Simão Sabrosa vai para Espanha ou fica na 2ª Circular?

Fonte: Estádio de Sítio, in "Record".

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