SCP
 2.09.2008

Taça continua a ser elixir moralizador

Foi com aplausos intercalados por alguns assobios que o Sporting selou ontem em casa a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal. Liedson regressou aos golos, num jogo que começou bem para os homens de Alvalade, mas que acabou com algum sofrimento para os adeptos, que tiveram de esperar até ao apito final para respirar de alívio. O Marítimo deu boa réplica no segundo tempo, mas acabou por justificar pouco um resultado que não a eliminação.

A Taça de Portugal continua a sustentar algumas tradições que marcaram o “leão” na segunda metade da temporada anterior: chegar rapidamente ao golo. Com efeito, à semelhança das duas anteriores eliminatórias frente ao Louletano (4-0) e Lagoa (4-0), os lisboetas voltaram a marcar cedo, ainda que desta vez não tenham dado seguimento à vantagem madrugadora no marcador.
Foram precisos apenas cinco minutos para os (poucos) adeptos presentes em Alvalade terem motivo de regozijo. Um canto de Vukcevic encontrou na área a cabeça de Tonel e a bola só parou no fundo das redes.
Parecia bem encaminhada a equipa que atravessou (mais) uma semana de grande agitação interna, na sequência da derrota para o campeonato frente ao Belenenses (1-0). Os festejos dos jogadores procuraram também dar a entender que o grupo está unido, apesar das fugas de informação da última semana, que culminaram com o próprio Paulo Bento a jurar vingança aos “bufos” do plantel.
Apesar da Taça de Portugal representar neste momento um elixir de motivação para os “leões” e, provavelmente, a competição que terá de compensar os desastres no campeonato, o treinador fez descansar algumas das principais figuras da equipa. Izmailov nem foi convocado, em poupanças para a eliminatória da Taça UEFA frente ao Basileia, remetendo também para o banco Miguel Veloso e Romagnoli.
O resultado foi uma versão completamente inédita do “onze”. De uma vez, foram três as estreias no “onze” titular, com Celsinho e Tiuí a apadrinharem o “baptismo” em Alvalade do recém-chegado Grimi. Mas Paulo Bento não ficou por aqui, juntando ainda mais juventude, com Adrien.
Apesar dos eventuais riscos que o treinador poderia correr, a equipa não desiludiu no primeiro tempo. Com o “bombeiro” Moutinho e Adrien nos vértices verticais do losango, ladeados por Celsinho, na direita, e Vukcevic, na esquerda, o conjunto funcionava de forma harmoniosa e equilibrada. O golo inicial contribuiu para a tranquilidade, mas as muitas picardias que foram surgindo no relvado, com incontáveis paragens, não contribuíram para o espectáculo.
Num dos vários lances viris do encontro, Adrien, que estava a protagonizar uma excelente exibição, lesionou-se e Veloso regressou mais cedo do que esperaria ao seu lugar. Decorria o minuto 32’. Coincidência ou não, o Marítimo acordou e, seis minutos depois, chegou à igualdade, numa jogada pouco feliz para a defesa leonina: um cabeceamento de André Pinto é desviado involuntariamente por Grimi para o poste e, na recarga, o central Van der Linden não falhou.
O “leão” acusou o golo e poderia ter voltado a escandalizar os adeptos, caso André Pinto não se tivesse atrapalhado, aos 42’, após uma perda de bola comprometedora de Polga, em dia de aniversário (29). No minuto seguinte, Liedson regressou aos golos e fez respirar de alívio as bancadas, apontando de cabeça, após cruzamento de Grimi, aquele que seria o golo da vitória.
O segundo tempo foi bastante confrangedor para o Sporting, valendo aos homens da casa a incapacidade dos insulares em criarem grande perigo junto da baliza de Rui Patrício. Um pormenor que não impediu os maritimistas de dominarem todo o reatamento, ou, pelo menos, o tempo regulamentar, com a reacção sportinguista a surgir nos descontos, pelo pé de João Moutinho e Romagnoli.

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