SCP
 4.03.2008

Taça Uefa: Tudo se decidirá em Alvalade

Rangers e Sporting conseguiram satisfazer os primeiros pedidos dos respectivos treinadores para o jogo da primeira mão dos quartos-de-final da Taça UEFA, que era não sofrer golos, mas falharam nos segundos, que era marcá-los, deixando a eliminatória em aberto para o segundo jogo em Alvalade. Um embate clássico entre o futebol continental e o futebol britânico, com o vencedor adiado par o segundo jogo em Lisboa.

Paulo Bento e Walter Smith não reservaram surpresas nos onzes iniciais, com o português a voltar juntar Vukcevic a Liedson na frente de ataque, enquanto o escocês apostava em Darcherville como único homem mais adiantado. Os leões entraram muito bem no jogo, depois de um pequeno susto com o levezinho, após choque com Cuellar, a tentar provar que a técnica pode ser superior à força, com passes precisos, ao primeiro toque e boas desmarcações, a deixar os escoceses à beira de um ataque de nervos. Sem criar oportunidades de golo, o Sporting montou um verdadeiro carrocel que silenciou as bancadas de Ibrox ao ponto dos cerca de duzentos adeptos que vieram de Lisboa conseguirem fazer-se ouvir. Ao fim de quinze minutos, o Rangers não tinha conseguido melhor do que um remate de muito longe de Hemdani.
A reacção dos escoceses veio primeiro das bancadas, com intensos protestos dos adeptos, por não estarem a gostar de ver a sua equipa sem bola. Mas rapidamente se estendeu ao relvado, com os jogadores a apertarem nas marcações, com um jogo mais duro, muitas vezes no limite, como é exemplo uma entrada de Ferguson sobre Moutinho. A verdade é que os escoceses conseguiram equilibrar a contenda, obrigando o Sporting a jogar pior, com muitos pontapés para a frente. Uma arrancada de Darcherville pela esquerda empolgou pela primeira vez as bancadas de Ibrox, com o francês a passar por Grimi e a entrar na área pela linha de fundo. Valeu um corte providencial de Tonel, mas era um sinal de que o jogo estava a virar.
Mais confiantes, os escoceses esqueceram a luta a meio-campo, optando por longos pontapés em balão como a melhor forma de levar a bola até à área de Patrício. Num desses lances, o guarda-redes atrapalhou-se com Miguel Veloso, mas surgiu Grimi a salvar. Apesar do domínio inicial, a verdade é que o primeiro remate do Sporting só surgiu aos 37 minutos, pelos pés de Vukcevic, sem força e à figura. O jogo estava agora mais aberto e Liedson também conseguiu espaço para visar a baliza de McGregor. Mas os últimos instantes da primeira parte, voltaram a pertencer aos escoceses com dois lances de McCulloch a obrigarem Patrício a aplicar-se antes do intervalo.

Djaló trouxe nova dinâmica

O jogo seguiu na mesma toada na segunda parte, com o Rangers a tentar marcar o ritmo, mas a abrir espaços para rápidos contra-ataques do Sporting, com destaque para uma arrancada de Grimi que quase terminou em golo. Os escoceses jogavam agora mais perto da área de Patrício, mas cediam mais terreno livre para os leões partirem para o ataque. Agora era o Sporting que jogava no erro do Rangers, procurando explorar as fraquezas de Davis, muito perdulário, e de Thompson, o herói do jogo com o Celtic, visivelmente em quebra física. Paulo Bento tentou forçar, refrescando a equipa com Pereirinha e Yannick para os lugares de Izmailov e Vukcevic. Walter Smith respondia com troca de avançados, com Nacho Novo a render Darcherville.

O jogo acabou com o Sporting, outra vez, no comando, e muitos escoceses já não viram a combinação entre Djaló e Liedson, nem a cabeçada de Tonel às malhas laterais. O Sporting regressa, assim, a Lisboa incólume, mas com um resultado perigoso: os leões têm que ganhar para passar a eliminatória, enquanto os escoceses podem seguir em frente com um empate com golos.

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