Vukcevic- o karaté kid

“Simon nasceu para ganhar e renasceu para o futebol em Portugal, que é completamente diferente da Rússia, onde teve alguns problemas com o treinador do Saturn.”
A ambição é relatada por Iliya Vukcevic, pai do camisola 10 leonino, que nos revela os traços da personalidade que partilha com o filho, nomeadamente a lealdade e o sangue-quente. “Ele sai a mim. É impulsivo, não gosta mesmo nada de perder. Mas também é uma característica das pessoas que nasceram em Zeta [10 quilómetros da capital Podgorica]. Somos muito leais aos nossos amigos e quando fazem mal a algum deles, respondemos” diz Ilya, grande mentor de Simon e razão pela qual se tornou futebolista.
“Quando o meu filho era novo praticava karaté enquanto jogava futebol. Era bastante bom como karateca e chegou ao cinturão castanho. Mas eu convenci-o a apostar na bola porque vi desde logo que tinha muito talento”, assevera Iliya, também ele antigo jogador. “Mas o Simon tem muito mais jeito do que eu [sorrisos]. Nem há comparação possível”, analisa.
O físico compacto que agora apresenta foi o resultado de trabalho intenso às ordens de Iliya. O gosto pelo desporto e pela competição norteia os princípios do clã Vukcevic. “Ele não levantava pesos mas estava sempre a puxar pelo seu corpo. Sempre lhe disse que não basta correr, é preciso ser-se forte. Todos os dias, 24 sobre 24 horas, fazia flexões e abdominais”, descreve Iliya que se baixa para simular os exercícios.
Poliglota – “fala italiano, espanhol, russo, inglês e agora português” – e inteligente. “Aprendeu essas línguas a ver filmes. Aliás, passa horas a ver filmes, que é o seu principal hóbi. Prefere de acção e de terror”, revela o pai Vukcevic, agente de futebolistas. Simon tem dois irmãos mais novos, Filip, que quer seguir os passos da estrela da família, e Todor que estuda em Belgrado, mas o progenitor garante que o primogénito não sente saudades.
“Ele está muito bem em Portugal, sente-se em casa, e prefere estar lá do que em Montenegro. Adora o peixe português e o vosso estilo de vida. O Simon sente que pode explodir novamente.”
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