Legalização ou não...?

O tema da legalização das claques de apoio aos clubes tem sido tema de conversa e debatida a sério por prós e contras este processo. E tu? Qu pensas acerca disto?

Laurentino Dias (Secretário de Estado da Juventude e do Desporto) advertiu que as claques que não se legalizarem nos próximos tempos vão ter dificuldade em continuar a existir, congratulando-se com o saldo altamente positivo do processo de regulamentação.

Preferiu ainda não adiantar que medidas serão tomadas, mas avisou que "as claques que não iniciaram o processo de legalização e que não se regularizarem nos próximos tempos vão ter dificuldades em se manterem como claques".

De acordo com o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, quatro claques já estão registadas, duas do FC Porto (Super Dragões e Colectivo Ultras 95) e duas do Sporting (Torcida Verde e Directivo Ultras XXI).
A estas, acrescem a Juventude Leonina (Sporting), a claque de apoio ao Boavista Panteras Negras e o VIII Exército (Vitória de Setúbal), cujos processos estão a ser finalizados, tendo os Diabos Vermelhos (Benfica), Frente Leiria, Magia Tricolor (Estrela da Amadora) e Colectivo Maravilhas (Naval 1º Maio) já iniciado a regularização.

"Não estão um conjunto de claques a legalizar-se para que tudo fique na mesma. Estão a legalizar-se para que tudo seja diferente", concluiu.


E discussão levanta alguns temas pertinentes que merecem ser discutidos sobre as intensões desta medida, das responsabilidades que daí poderão advir e das suas consequências. A legalização impõe como primeira medida a elaboração de um cadastro (não criminal) de todos os elementos da claque, parece-me obvio que a ideia será a auto-responsabilização das claques pelos desacatos provocados pelos seus membros e a criação de mecanismos de auto-disciplina interna reduzindo a necessidade de intervenção das forças policiais no controlo das mesmas. Mas será que é possivel? E qual a posição dos respectivos líderes?

E se correr mal? A ideia será accionar seguros de responsabilidade civil que certamente serão exigidos? Ou serão questionados os responsáveis levando-os a denunciar os seus colegas?

E será que se um membro de uma claque for agredido e o agressor não for identificado, as forças da ordem poderão ser elas processadas e responsabilizadas?

É que uma claque ao ser legalizada não passa simplesmente a ter obrigações, terá por certo direitos. Será que há capacidade para fazer valer esses direitos?

Gostava que aqui deixassem as vossas opiniões e que acrescentassem informações sobre este processo.

Obrigado.