Nova lei em 2008- "Tolerância zero contra a violência no futebol profissional"

Laurentino Dias, secretário de Estado do Desporto, revelou ontem que o novo regime jurídico sobre a violência no sector está para sair em breve, nos primeiros meses de 2008.
O governante não quis adiantar pormenores sobre o futuro texto – que será uma revisão actualizada da lei publicada com vista à realização do Euro’2004 – pelo facto de a proposta do Executivo ser primeiramente submetida a um parecer do Conselho Nacional Contra a Violência no Desporto, cujo novo elenco toma posse na próxima semana, que passará a designar-se por Conselho para a Ética e Segurança no Desporto.
A revelação de Laurentino Dias foi feita no final da Conferência “Tolerância Zero Contra a Violência no Futebol Profissional”, organizada em Lisboa pela Associação das Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL), cujo secretário-geral, o português Emanuel Medeiros, sublinhou a necessidade de uma “estratégia global, num quadro de cooperação reforçada”, na luta contra a violência, racismo e xenofobismo.
Palavras que andam juntas, como sublinhou Jeróme Champagne, delegado do presidente da FIFA no evento, que lembrou a necessidade de “respeitar os adeptos”, por exemplo através de uma melhoria das condições dos estádios, e em particular com “a retirada das grades que separam os adeptos e que os fazem sentir como animais enjaulados”.
Ivo Belet (membro do Parlamento Europeu), Pedro Velazquez (membro da CE) e Theo van Seggelen (da FIFPro) contribuíram a discussão do tema da conferência.
Arbitragens na baila
Na conferência de imprensa que encerrou o debate sobre violência no futebol profissional, Laurentino Dias foi questionado sobre se receava problemas no clássico de hoje na Luz. Sem fugir à pergunta, o governante assumiu: “Temo sempre, mas cada vez menos, e isso em função do movimento positivo em torno da legalização das claques.”
Mais à frente, foi a vez de Hermínio Loureiro ser indagado sobre o que fazer quando são os próprios árbitros os geradores de violência, sendo recordados casos recentes de maus trabalhos da arbitragem nacional. O líder da Liga apelou à sensibilidade do público para o facto de os árbitros “serem humanos e, por isso, poderem errar”, sublinhando o trabalho que está a ser desenvolvido no sentido da profissionalização do sector, lembrando que “a tarefa não é fácil”.
Hermínio Loureiro negou responder às críticas feitas na vésperas pelo presidente do Sporting à LPFP, e à interrogação sobre se os árbitros passarão a pedir desculpas no site da Liga sempre que errarem...
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