SCP
 9.26.2007

Vit. Guimarães- SPORTING 6-7 g.p. (crónica)

O Sporting foi mais feliz na lotaria das grandes penalidades, uma das principais marcas da 3ª eliminatória da Carlsberg Cup, e segue em frente na novel competição portuguesa, apesar de uma exibição irregular em Guimarães. Envolvida em várias frentes, a formação leonina não conseguiu disfarçar algum cansaço e a natural falta de entrosamento entre as unidades, face à rotatividade seguida à risca de Paulo Bento. Empate a zero no tempo regulamentar, apesar do domínio territorial da equipa da casa, e sorrisos finais dos leões após duas dezenas de castigos máximos (6-7). Marcou o guarda-redes Tiago, falhou o ex-Sporting João Alves, no capítulo mais emocionante de uma noite de quarta-feira que merecia algo mais.

Esperavam-se mudanças nos onzes, mas Manuel Cajuda acabou por denotar ambição extrema ao apostar na sua equipa-base, enquanto Paulo Bento testou outras solução e não ficou com grandes motivos para sorrir. Entre Tiago, Pereirinha, Carlos Paredes, Vukcevic e Yannick Djaló, só o primeiro e o último tiveram oportunidade de brilhar no Estádio D. Afonso Henriques, e ainda assim a espaços.

Seria agradável descrever uma grande propaganda ao futebol, no prato forte da nova competição do calendário futebolístico português, mas não é de todo possível. Nem tentando olhar para os aspectos positivos. Porque, de facto, houve pouco espectáculo dentro das quatro linhas para corresponder às promessas.

Impulsionado pela vitória na última jornada da Liga, pelos registo de trinta jogos sem derrotas, ao longo de quase oito meses, e pela manutenção das principais peças na engrenagem, o Guimarães assumiu o domínio territorial desde o primeiro minuto, mas denotou dificuldades para colocar Tiago à prova. Do outro lado, Paulo Bento baralhou as contas e apresentou Pereirinha e Veloso nas alas, Paredes como trinco e Moutinho a fazer a ligação com o trio formado por Izmailov (direita), Romagnoli (centro) e Vukcevic (esquerda). O argentino foi a principal muleta do jovem Yannick, avançado que fez estremecer a barra da baliza de Nilson.

Sem conseguir desenvolver o seu jogo de forma contínua, e após dois resultados modestos nos últimos jogos (derrota com Man. United na Liga dos Campeões e empate com Setúbal na Liga), o Sporting acabou por criar as melhores oportunidades de golo na etapa inicial. Depois de Yannick Djaló, foi a vez de Izmailov lançar um ataque às redes. No espaço de um minuto, o russo viu Nilson negar-lhe dois projectos credíveis de golo. O futebol entusiasmante dos leões terminava, mais coisa menos coisa, exactamente aí.

Com o arrastar dos ponteiros do relógio, o cansaço foi-se apoderando dos homens de Paulo Bento o que, aliado ao sub rendimento de algumas das apostas do técnico do Sporting, permitiu ao Vitória de Guimarães crescer em direcção à baliza do estreante Tiago. Na segunda metade do encontro, não há registos de oportunidades de golo dos leões. Em sentido contrário, e com pressão contínua, a equipa da casa ia carregando no acelerador, com João Alves a lançar um sério aviso, ao minuto 71.

Manuel Cajuda reforçou a sua aposta no triunfo ao trocar o trinco Flávio Meireles pelo ofensivo Ghilas, ainda antes da primeira hora de jogo. O treinador da equipa minhota, que teve até tempo para uma troca de palavras e gestos com Paulo Bento, viu a sua equipa inclinar o relvado em direcção à baliza adversária, mas a pressão redundou num imenso nada. Tempo ainda para sérios protestos após queda de Ghilas na área do Sporting, em lance com Tiago. Lance que só as imagens televisivas poderão esclarecer. Tal como aconteceu na pré-época, no Torneio de Albufeira, o encontro terminaria com uma igualdade, a obrigar a desempate na marcação das grandes penalidades.

assim disse Ultra CDX @ 23:57   0 rugidos
relojes web gratis

DC Templates™


Ultra JuveLeo Condeixa