Santos da casa, afinal, fazem milagres

Uma das características mais vincadas da actual era de gestão do Sporting é a sua grande dependência em relação à prata da casa. Esse é, aliás, um dos valores associados à marca, uma característica distintiva, e assim apresentada.

Sucede que esta temporada não tem sido propícia a uma valorização acentuada destes activos - com a eventual excepção de Miguel Veloso, sobretudo pela sua incorporação no lote de eleitos de Felipe Scolari (apesar de hoje ter sido deixado de fora). O início da época apontava claramente para a integração de Adrien como elemento com larga margem de progressão, esperava-se que Djaló se afirmasse de forma ainda mais clara no onze, e aguardava-se com expectativa pela estreia de Luís Páez.
Deste lote de unidades ainda com pouca rodagem no mais exigente patamar competitivo, Bruno Pereirinha era dos menos "suspeitos" a avançar para um plano de relevo. Mais discreto, pouco exuberante nas suas movimentações, talvez sem confiança para revelar em campo as suas qualidades, era visto como um dos elos mais fracos do onze que Paulo Bento escalara para o clássico com o FC Porto. Supresa das surpresas, foi um dos mais fortes.